ALIMENTAÇÃO MEDITERRÂNICA
A alimentação mediterrânica tem origem nos países que ocupam a região
que se situa perto do mar mediterrâneo, como a Itália, a Grécia, a Albânia, a
Sérvia ou a Croácia. Estes países têm uma história comum, onde participaram
diversos povos, e um clima único que contribui para uma culinária rica e
nutritiva que é a culinária mediterrânica. O trigo é sem dúvida a base desta
alimentação, e dele derivam as tão conhecidas pizas de Itália, bem como as
diversas formas de massas, os pães e os doces e bolos que não faltam na mesa de
uma família típica desta região. Esta região é também rica em frutos e legumes,
como as uvas, os citrinos, as azeitonas, a salsa, a hortelã e as ervas aromáticas,
bem como muitas outras plantas e frutos com sabores e cores muito variados.
Bons exemplos deste tipo de alimentos são as tão “na moda” saladas
mediterrânicas, diferentes das usuais em Portugal, com tomate, alface, pepino e
poucos mais alimentos. Estas saladas vieram “revolucionar” as típicas saladas
portuguesas, com alimentos como os queijos, frutos, iogurtes e tantos outros alimentos
usuais daquela região. Pode até dizer-se que no verão as saladas são o alimento
mais importante. Os grelhados, que são a mais antiga forma de cozinhar, tomaram
nesta zona, uma posição de requinte como não existe em nenhum outro local; os
alimentos antes de cozinhados são temperados com uma variedade enorme de
especiarias e de seguida são grelhados em forma de espetada por exemplo. Para
além da tão utilizada espetada grelhada, é também usual a típica sardinha
assada portuguesa, na qual o peixe não tem qualquer tipo de tempero ou
tratamento antes de grelhar, sendo servido de uma forma bastante simples, geralmente
com batata cozida. De uma maneira geral, a dieta mediterrânica é recomendada por
vários nutricionistas visto que é bastante saudável. Trata-se de uma
alimentação onde predominam os cereais e derivados, as leguminosas, hortaliças,
legumes, frutos, arroz e batatas, e onde se comem em quantidades moderadas o
peixe, a carne e os ovos. A gordura mais utilizada é o azeite e são feitas
geralmente cinco refeições por dia.
ALIMENTAÇÃO ORIENTAL
A alimentação japonesa é rica em peixes, algas marinhas, vegetais, soja
e arroz. A posição geográfica do Japão, com uma extensa área litoral, facilita
a sua rica alimentação de peixe, sendo esta uma das sociedades mais pesqueiras
do mundo. Apesar de terem pouca área de cultivo, os japoneses utilizam as
tecnologias modernas para produzirem grandes quantidades de cereais, hortaliças
e frutas. Já a falta de bons terrenos de pastos dificulta o desenvolvimento da
pecuária, tendo uma alimentação com pouca carne. Este tipo de alimentação à
base de peixe e vegetais é considerado muito saudável, mas no entanto, a falta
de leite e dos seus derivados leva muitas vezes a problemas de saúde
relacionados com a falta de cálcio como a osteoporose. Como em todas as
sociedades, a cultura da China influencia a culinária deste país. Nesta
sociedade esta influência acentua-se bastante, pelo que a dieta chinesa
baseia-se no princípio do Yin e Yang, com origem no taoísmo, em que os aromas,
as cores, os sabores e as texturas dos alimentos se equilibram, tendo em conta
que os opostos se complementam. Os alimentos mais comuns são o arroz, o peixe,
a carne de porco, os legumes, a carne de cão, de gato ou de cobra, insetos e
até mesmo tubarão. A Índia é outro país onde a religião está bastante presente
na alimentação, visto que segundo a maioritária religião da Índia a vaca é um
animal sagrado e como tal não é consumida normalmente como em Portugal por
exemplo. A base da cozinha indiana é a mistura de ervas e especiarias, nas
quais se destacam o açafrão, a canela, a pimenta preta ou a mostarda, daí que a
comida indiana seja especialmente conhecida pelos aromas picantes. As comidas
do dia-a-dia são constituídas geralmente por arroz, vegetais na sua grande maioria,
e também algumas carnes como de frango, bode ou cordeiro. Na Tailândia também
se come muito arroz, mas no entanto sem qualquer tipo de molho e apenas branco.
Legumes como o gengibre, dão origem a molhos para as carnes e peixes em conjunto
com amendoim, leite de coco, óleo de ostras, coentros ou alho. Não só se encontram
pratos picantes mas também pratos doces, fazendo a cozinha tailandesa um conjunto
de sabores harmoniosos.
ALIMENTAÇÃO PORTUGUESA
A alimentação portuguesa tem mostrado algumas alterações ao longo dos
anos e também varia de região para região. A culinária portuguesa, ainda que
esteja restrita a um espaço geográfico relativamente pequeno, mostra
influências mediterrânicas (incluindo-se na chamada “dieta mediterrânica”) e
também atlânticas, como é visível na quantidade de peixe consumida
tradicionalmente. A gastronomia portuguesa está bastante assente, ao longo de
todo o território, no pão, no vinho e no azeite, tal como nos vários produtos
hortícolas e nos frutos frescos. O pão e sem duvida um elemento bastante
importante na alimentação portuguesa, uma alimento bastante utilizado. É um
elemento que existe em diversas formas em todo o país, como o pão de trigo, o
pão de centeio, a broa de milho e o famoso pão alentejano. O azeite e a gordura
mais utilizada dos portugueses, sendo utilizado nas sopas e em vários pratos
tais como nas migas à moda da Beira ou no bacalhau assado, onde é acompanhado com
bastante alho. O azeite é igualmente utilizado na doçaria, como em alguns bolos
alentejanos, e nas “broas de azeite”. Relativamente aos vinhos, Portugal
orgulha-se de ser especialista na sua produção. Ao longo do território nacional
apresentam-se-nos várias espécies de vinhos característicos de cada região. Os
vinhos generosos, de alto teor alcoólico e sabor geralmente doce incluem o
prestigiado vinho do Porto, o vinho da Madeira, o vinho de Carcavelos, o
moscatel de Setúbal, entre outras variedades, como os vinhos “abafados”, em que
o mosto não chega a fermentar devido ao facto de ser diluído em aguardente.
Podemos ainda referir que na zona do Minho o vinho verde é fortemente
apreciado. Quanto aos produtos hortícolas estes são bastante utilizados para
diversos fins como as saladas, as sopas de legumes e os cozidos. O cozido à
portuguesa, considerado por muitos como o prato nacional, é composto por uma
grande diversidade de ingredientes cozidos em água abundante, e as diversas
receitas utilizadas variam de regiões para regiões ao longo do território
português. As carnes também possuem um grande papel na alimentação portuguesa.
As carnes, principalmente de porco, compõem também um conjunto de pratos e
petiscos regionais, onde sobressaem os presuntos e os enchidos. A época dos
descobrimentos teve um grande impacto na alimentação dos portugueses. Após esta
época, a culinária portuguesa rapidamente integrou o uso, por vezes quase
excessivo, de especiarias e do açúcar, além de outros produtos, como o feijão e
a batata, que foram adotados como produtos essenciais. Podemos ainda referir
que é no sul que se usam mais ervas aromáticas. Enquanto no norte de Portugal
se usa quase exclusivamente a salsa, o louro, a cebola e o alho, no sul,
especialmente no Alentejo, utilizam-se os coentros, as mentas (hortelã, poejo,
etc.), os orégãos e o alecrim. É obrigatória a referência ao peixe consumido
tradicionalmente em Portugal. Além da célebre sardinha portuguesa, o bacalhau,
pescado em águas mais frias e afastadas, são os peixes mais usados pela cozinha
lusitana. Contudo também não nos podemos esquecer da grande quantidade de
mariscos bastante apreciada pelos portugueses. Quanto á doçaria, esta apresenta
uma considerável importância na história da alimentação portuguesa. A doçaria
de Portugal teve origem no século 16 nos conventos e mosteiros espalhados por
todo o país. A utilização de claras de ovos nos mesmos desencadeou o facto as
gemas de ovos serem constantemente utilizadas nestas especialidades. A título
de exemplo temos os ovos-moles de Aveiro, cuja forma de os preparar é devida às
freiras da Ordem dos Carmelitas no século XIX, as queijadas de Sintra, que
tiveram origem no século XIX, os pastéis de Belém originadas no Mosteiro dos
Jerónimos, bolo de Dom Rodrigo, pastéis de Tentúgal, Lampreia de Portalegre,
Rebuçados de Ovos, relacionados com Convento de São Bernardo de Portalegre, Trouxa-de-ovos
das Caldas, barriga de freira de Arouca, Fatias de Tomar, as tigeladas de
Abrantes, entre muitos outros. Focando a religião predominante em Portugal, o
Cristianismo, é de sublinhar o facto de a religião da sociedade ter influências
na alimentação da população dessa mesma sociedade. Em Portugal, encontramos
algumas normas estabelecidas pelo Cristianismo na sociedade portuguesa. Como
exemplo disso, referimos o facto de na semana santa os portugueses não
consumirem carnes, optando pela alimentação baseada nos peixes, como o bacalhau
por exemplo. Prato principal na Sexta-Feira Santa e no almoço do Domingo de Páscoa,
o bacalhau é um peixe rico em nutrientes e possui um papel bastante importante
na gastronomia de Portugal. Desde a antiguidade que a religião tem influência
na sociedade e alimentação de Portugal. Antigamente, os crentes utilizavam
certos animais e certos alimentos como sacrifícios religiosos a significar a
homenagem à divindade. Analisando as consequências da história do Cristianismo
na alimentação e na sociedade portuguesas salientamos o facto de as claras de
ovos serem constantemente usadas para a confeção de hóstias, para a
clarificação dos vinhos e para as freiras dos conventos e mosteiros manterem os
seus hábitos engomados. As freiras e os frades para não desperdiçarem as gemas
dos ovos e aproveitando o açúcar do Novo Mundo foram aperfeiçoando as receitas
mais antigas criando doçarias hoje apreciadas em todo o mundo destacando a sua
criatividade e originalidade.
ALIMENTAÇÃO AFRICANA
A culinária Africana é pouco provável no sentido típico de todo o país
devido à sua grande dimensão humana e geográficas, no entanto para encontrarmos
alguns fatores comum na alimentação temos que mencionar o continente em várias
regiões a fim de entender a alimentação do povo Africano. Então dividimos em;
Norte da África, África Subsaariana, África Austral e Oriental.
ALIMENTAÇÃO NO NORTE DA ÁFRICA
Se cultiva trigo mas concretamente na Etiópia e no norte do Sudão que é
uma culinária e a base da alimentação em espécie de pão.
ALIMENTAÇÃO NA ÁFRICA SUBSAARIANA
Se cultivam os vegetais que constitui a base da alimentação e essa é
feita tradicionalmente em forma de massa cozida e é acompanhada com deferentes
guisados e grelhados, no entanto esses vegetais (o arroz, a batata, a mandioca,
etc.) adaptaram às condições climática da África e que atualmente se torna uma
das refeições que tem como fonte de energia.
ALIMENTAÇÃO NA ÁFRICA AUSTRAL E ORIENTAL
Junto às costas, o milho é o principal substrato da culinária pois ela
pode ser moídos em grande pilão ou moinho ou ainda nas modernas moagens para
fazer diversos pratos, e nas regiões mais afastadas da costa, o surgo cereal é
o mais usado e na África Ocidental é o fufu feita com feitas com tubérculos de
inhame e de batata e de outras plantas típicas, e a mandioca é utilizada nas
regiões mais secas como fonte de energia.
A ALIMENTAÇÃO GLOBAL DA ÁFRICA
A alimentação típica da África normalmente consumida é forma por um
prato de arroz acompanhado de guisados, salada e peixes ou carnes grelhados,
mas por outro lado em África o guisado dos vegetais por vezes é reforçado com
carne ou peixe seco e este contém proteína essencialmente vegetal e também é
comum em várias regiões o feijão que existe em grande variedade no entanto
podemos dizer que a alimentação Africana é pobre e monótona mas isso não é
totalmente verdade porque isso é uma forma de alinhar os traços comuns do povo
Africano mas para além vegetais cultivam-se produtos de outros países.
ALIMENTAÇÃO CABOVERDIANA
A alimentação Cabo-verdiana oferece uma culinária própria e deliciosa
devido à mistura de vários ingredientes que surgiram da influência da culinária
Europeia e Africana, no entanto a gastronomia Cabo-verdiana tem o seu sabor
original e único em todo o mundo. O principal produto alimentar é o milho no
qual é confeccionado o prato tradicional do país “cachupa” e por outro lado se
faz o xerem que é feito com leite de coco, mas também existem outros produtos
alimentar no país de grande importância tais como: os diversos tipos de peixe
(a serra, o atum, a moréia, o polvo, a lagosta, etc.) e para além dos
tradicionais fazem alguns pratos internacionais.
Em Cabo verde também é muito apreciado o cuscuz e o pastel que é feita
de farinha de milho, os doces de papaia, coco, leite, batata, mancara, etc., o
caldo de peixe com banana verde e batata e não se esquece das bebidas típicas
do país (o grogue e o ponche). A cachupa é o prato tradicional que algum tempo
à trás constitui a base da dieta alimentar de quase todos os cabo-verdianos mas
agora apenas é tido como prato de referência divido ao aumento de consumo de
bens essenciais do exterior (o arroz, o óleo, o açúcar, o azeite, a manteiga, o
leite, etc.) mas tem autossuficiência em alguns produto (mandioca, batata doce,
etc.), portanto podemos dizer que hoje Cabo verde é um país que possui a dieta
alimentar mas ou menos variável pois depende dos bem essenciais do exterior.